Na curva

Grandes fachadas, liberadas de ar, em mármores lascados com manchas de cinza.
Onde assoviam os ventos e curvam as pequenas palmeiras.
Suscitam o esplendor do caminhar da moça.
No seu vestido soerguido num ventilar desavisado.
Ela o segura, busca o cabelo no rosto os põe para trás mostrando o pescoço longo, fino e sensual.
Até ali andava despreocupada.
Parou para avistar a sacada da construção antiga.
A casa branca tem detalhes de curvas e desenhos.
As admira, suaves olhares de carinho e nostalgia.
Lembra agora da tarde em que pararam na janela do Centro e ficavam a admirar o prédio em tons de rosa.
E também a escada suspensa.
Rua escura, local de desejos.
Na curva da vida finalmente encontrou a reta do amor.

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